20091230
20091228
the end
Acreditamos que tudo pode viver para sempre, somos tolos…
Temos o dom de saber amar, e depois disso, saber odiar.
Tanto tempo, mas tanto tempo investido em ti, para agora a tua estupidez prevalecer sobre os teus sentimentos, rasgar o teu coração e obrigar-me a sair dele.
Nada tinha de ser assim, mas assim o quiseste. E eu, eu fico imóvel a ver-te morrer à minha frente. Sim, porque acredita que a partir de hoje tu vais morrer. A partir de hoje o meu coração não tem de bater por nós dois! Cansei-me!!!
Agora ficamos assim, sem saber o que dizer por ter mos dito o que não queríamos. Eu choro, tu ficas sentado com as mãos na cabeça, (a tua cobardia nem te deixa olhar-me nos olhos) e é esta a ultima imagem que vamos ter um do outro.
Poderia ter sido diferente, ou continuarmos a ser tolos por mais algum tempo, mas, não iria valer a pena.
Eu deixo-te com a promessa que não vou guardar rancor, mas também não vou guardar nada de ti, NADA.
Vou queimar tudo no meu coração até só restarem cinzas, e vou sopra-las pelo ar até um dia, até nunca mais.
20091219
flash back
Ópio | Diário de um Louca
Deixem-me dizer-vos que sou um abraço do vosso Deus. Do próprio Deus.
Fui o primeiro ser vivo. A minha parte de cima é o Sol ardente, em cujos raios vivem as almas dos mortos. O Sol é o próprio Deus.
O Sol dispara milhões e milhões de raios eléctricos.
Inicialmente, quando me tornei consciente, comecei a gritar à volta de mim própria. Enquanto gritava, um imenso calor desenvolveu-se dentro e comprimiu-se de encontro à Terra. Foi assim que criei a Terra e as estrelas. Tomei o nome de Deus, mas o mal reside nas minhas células.
Tenho um braço para cada pessoa, com que governo o mundo. Estes braços invisíveis decidem o destino das pessoas, cada um dos seus passos e as mais pequenas acções.
Eu, sou um abraço o vosso Deus.
20091216
dead boys
flash back
20091215
!?!
Porque não. Porque não virar as costas só por um bocadinho e desprezar o que subsiste em meu redor.
Por vezes é tão difícil conseguir levar a vida às costas, mas mesmo assim levasse. Toda a gente o faz, e raramente se queixam. Somos tão submissos a nós próprios que nem nos damos conta da quantidade de opressão que persiste na caminhada que nos é impingida à nascença.
Ninguém escolhe nascer, mas escolhemos germinar e tornarmo-nos nestes seres tão iguais, tão fotocopiados, tão sem alma!
Andamos a ver andar todos os outros e vemos para os conseguir seguir! No entanto temos mente disso mas não fazemos nada. Todos se queixam, eu queixo, mas não faço nada! E haverá alguma coisa para fazer?
Eu viro as costas, mas no entanto acabo sempre por me virar, e seguir pelo caminho que nos mandam seguir. Porquê? Não sei, se calhar para não ficar de parte mas por parte quem parte é que faz bem, mesmo sendo uma acção não intencionada. (como um apogeu) Descartamo-nos do corpo, e da mente, e ficamos a viver no ponto mais alto de nós mesmo, sem mais nada, pois não há mais nada que nos domine ou destrua.
flash back
20091214
05-08-2005
Nestes dias tenho vivido num estado muito sóbrio, muito real. Já não sabia ou se calhar nunca soube o que isso é. Não sei como tal decadência se apoderou do meu corpo. Não sei como a deixei perfurar a minha mente, (deixei-a morrer por um tempo).
Acordava para dormir, e dormia porque me doía estar acordada (eram tantas coisas a tentar entrar).
Agora estou aqui, quer dizer, está aqui, este corpo sentado, padecido (não tomo mais nada) … E eu, ou e a, a minha mente a tentar sair de onde eu me/a aprisionei. É decadente! Como é que alguém tem a frieza de fazer mal a alguém, principalmente quando esse alguém é minuciosamente igual a nós, mas por sua vez mais fraco.
Sei lá. Nem sei para quê que agora estou a remoer nisto. Se calhar só agora me fiz falta e não estava lá para mim, ou será mais uma desculpa, para eu acreditar que se calhar até posso fazer falta a alguém para conseguir ter um motivo para estar mais viva do que “morta”. Sei lá. Ou já não sei!
Apenas custa estar tão sóbria. Viver para mim é demasiado real!